No âmbito da disciplina Sociedade em Rede
foi-nos pedido a análise do texto de Pierre Lévy [Cibercultura]
para posterior comentário sobre noção de Cibercultura, tal como defendida por
Lévy, incluindo três exemplos significativos.
“Pensar a Cibercultura: esta é a proposta do
livro. (…) Meu optimismo, contudo, não promete que a Internet resolverá, em um
passe de mágica, todos os problemas culturais e sociais do planeta. (…) Em
primeiro lugar, o crescimento do ciberespaço resulta de um movimento
internacional de jovens ávidos para experimentar, coletivamente, formas de
comunicação diferentes daqueles que as mídias clássicas nos propõem. (…)”
Lévy,
P.(1999). Cibercultura. São Paulo, Editora 34.
Permitam-me iniciar o meu comentário com uma frase
introdutória de Pierre Lévy in Cibercultura (pág. 7),” (…) resulta de um movimento internacional de
jovens ávidos para experimentar, coletivamente, formas de comunicação
diferentes daqueles que as mídias clássicas nos propõem.”. Assim é o Homem. Um ser ávido para
experimentar diferentes formas de comunicação. É algo que O transcende. É algo
que NOS transcende. Comunicar é tão vital para o Homem como o consumo de água.
Porquê a Cibercultura? Ou melhor, o que é isto de
Cibercultura?
Segundo Pierre Lévy, a “A cibercultura
é um processo inacabado de interconexão, de desenvolvimento de comunidades
virtuais e de intensificação de inteligência colectiva fractal, reprodutível em
todas as escalas e diferente em toda a parte” (Levy, 2000, p.127).
E este processo ocorre por diversos motivos, um deles pela
grande “bomba demográfica” como nos faz referência Pierre Lévy quando cita
Albert Einsten bem como quando, o próprio, nos afirma que “Os Homens inundaram
a Terra”.
É certo e sabido que o Mundo sofreu várias alterações demográficas
ao longo da história da Humanidade. Essas alterações, consecutivos aumentos e
decréscimos, são parte integrante do desenvolvimento desta Cibercultura.
Associado a este crescimento demográfico foi imperativo contribuirmos
e assistirmos para um crescimento tecnológico de forma a que o Homem suprisse as
suas necessidades, e é aqui, que surgem os computadores, com uma rede de
interconexão possibilitando a interligação de todos num só, conseguindo estar
em todo o lado e ao mesmo tempo não estar em lado nenhum.
A esta rede, Pierre Lévy, dá o nome
de ciberespaço, uma infraestrutura da comunicação que ultrapassa o virtual e
inclui a imensidão de informações alimentadas pelo Homem. Até porque, segundo
Lévy, o Ciberespaço “amplifica, exterioriza e modifica funções cognitivas humanas
como o raciocínio, a memória e a imaginação.” (Lévy,
P. (1999). Cibercultura. São Paulo, Editora 34.)
O crescimento do
Ciberespaço é organizado em três princípios fundamentais:
- a interconexão -
princípio básico do ciberespaço;
- Comunidades Virtuais;
- Inteligência
coletiva;
Citando mais uma vez
Lévy Ciberespaço “É uma inteligência distribuída por toda a parte, na qual todo
o saber está na humanidade, já que, ninguém sabe tudo, porém todos sabem alguma
coisa.” (Lévy, 2007, pág.212), ou seja, as comunidades virtuais criaram uma
interligação entre si devido à inteligência coletiva.
O Ciberespaço apenas
existe na essência da Cibercultura. É o Homem o motor e impulsionador desta infraestrutura
virtual assente na era tecnológica.
Deste modo, e em jeito de conclusão, e como o Ciberespaço é "Um lugar familiar de encontro e troca", vejamos os exemplos seguintes de forma a perceber o que é isto de comunidade virtual, interconexão e inteligência coletiva afinal.
- Comunidades de aprendizagem
- E -books
- blogs
- Sites educativos ou de formação
- ...
- Redes Sociais
- Twiter
- ...
- Som, Imagem e Video
- Youtube
- Jogos Online
- Web
- ...
Referências:
Nuvem Cibercultura - Por Junior Melo - Obra do próprio, CC BY-SA 3.0
Lévy, P.(1999). Cibercultura. São Paulo, Editora 34.
http://www.bocc.ubi.pt/pag/serra-paulo-contributos-para-uma-teoria-neo-darwiniana-da-comunicacao.pdf
Lévy, P. (2000). Cibercultura. Lisboa: Piaget.
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