INOVAÇÃO, SUSTENTABILIDADE E ECOSSISTEMAS DE APRENDIZAGEM EM REDE
Sempre gostei de puzzles. Além de um bom exercício
mental representou sempre uma vitória da junção das muitas ou poucas peças
espalhadas numa mesa algures a formar uma imagem.
Assim são os Ecossistemas de Aprendizagem em Rede. Um
conjunto de peças de um puzzle colaborativo, diferenciado, pluralista que anula
a distância entre continentes, culturas e crenças.
Mas afinal o que é um Ecossistema? Vamos começar a montar o puzzle.
Na
comunidade das ciências naturais Ecossistema “define
o conjunto formado por comunidades bióticas que habitam e interagem em
determinada região e pelos fatores abióticos que exercem influência sobre essas
comunidades.”
Os Ecossistemas
digitais, apesar de não pertencer às ciências naturais, não andam muito
longe, pois é um sistema que permite e ajuda a partilha do conhecimento
e desenvolvimento tecnológico que se adapta às evoluções dos diferentes
ambientes ricos em conhecimento.
Já temos
a consciência que a Aprendizagem e o conhecimento é um processo (formal,
informal e formal informal), nos Ecossistemas está implícito
uma mudança de paradigma quer de pensar quer no ato de ensinar.
Para isso, é
necessário assentar estes Ecossistemas em pilares
bem fortes, os fatores bióticos e abióticos, de forma a construirmos
uma ponte de conhecimento viva e duradoura.
E aqui,
atrevo-me a dizer, que entram as peças mais fundamentais deste grande puzzle
dos Ecossistemas de Aprendizagem. Os fatores bióticos e os fatores
abióticos.
Sem os
professores, tutores, estudantes (fatores bióticos) e sem as tecnologias
(fatores abióticos) não seria possível construirmos este puzzle. São os
habitantes do Ecossistema, e um ecossistema sem habitantes não existe.
Com parte do
puzzle montado, acresce a curiosidade. Afinal, o Ecossistema é digital ou em
rede? Ou os dois?
Como se relacionam os fatores
bióticos e abióticos? Será como nos ecossistemas das ciências da natureza?
“Vivemos
e convivemos ao habitar, e-habitar e co-habitar um mundo constituído pelo
hibridismo.”, ou seja, vivemos numa hiperrealidade, o
nosso ecossistema é hibrido.
Nos
Ecossistemas hibridos podemos assistir a diferentes tipos de relacionamentos. E
voltando às ciências, nos ecossistemas assistimos a
relacionamentos bióticos – bióticos como bióticos –
abióticos, ou seja, voltando ao ecossistema digital, aluno-aluno,
professor -aluno, ou aluno – plataforma.
Respondi
à questão do digital?
Ora
vejam esta peça ( diagrama) elaborado por uma camaleão da educação.
O
ecossistema somos nós, que nos adaptamos a qualquer evolução, partilhamos
conhecimento de forma flexivel e em rede num ciberespaço a qualquer hora em
qualquer lugar, de forma digital e não necessariamente em rede. Contudo, só em
rede é que encurtamos distâncias. É um "onlife".
O segredo talvez seja encaixar
todas as peças do puzzle. O tecnológico e o cognitivo e social.
E termino com outra peça
fundamental, disponibilizado pelo o professor António Moreira, não um camaleão,
mas um híbrido e- presente.
Dias,
P. (2013). Inovação pedagógica para a sustentabilidade da educação aberta e em
rede. Educação, Formação & Tecnologias – ISSN 1646-933X, 6(2),
4–14. https://eft.educom.pt/index.php/eft/article/view/399
Digital
Health FOUSP – SAITE. (2020). ICTHE | José António Moreira | 04.12.2019
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Riberas, C. Diagrama Uab - Ecossistemas de
Aprendizagem Digital em Rede
Porto,
C., & Moreira, J. A. (2017). Educação no ciberespaço. Novas configurações,
convergências e conexões. In Educação no ciberespaço. Novas
configurações, convergências e conexões. EDITORA UNIVERSITÁRIA TIRADENTES.
Schlemmer, E., &
Moreira, J. A. (2019). Modalidade da
Pós-Graduação Stricto Sensu em discussão: dos modelos de EaD aos ecossistemas
de inovação num contexto híbrido e multimodal. Educação Unisinos, 23(4),
689708. https://doi.org/10.4013/edu.2019.234.06
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