TECNOLOGIAS E FERRAMENTAS DA WEB 2.0 PARA A CRIAÇÃO DE AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM




"Quando eu escuto, eu esqueço. Quando eu vejo, eu lembro. Quando eu faço, eu entendo”.
Tornar-me num ser híbrido dotado de lucidez num ecossistema digital em rede pode parecer, à primeira vista, uma tarefa árdua neste mundo hiper - fragmentado em que vivemos. 

Hoje, relacionamos-nos e vivemos de maneira diferente. 
Há uns anos atrás a informação chegava-nos já "pre - preparada". Esperávamos pelos horários nobres dos noticiários, pelos jornais da manhã, pela abertura da livraria ou da biblioteca. Mais tarde pelas disquetes e Cd´s. 

Hoje, em qualquer lugar, a qualquer hora, a informação está à distância de um click!
 Os alunos podem  reunir várias informações sobre conteúdos e elementos numa rede integrada de conversação. 
Hoje somos criadores de Mashups.
Pegamos em pedaços, acrescentamos pedaços, dialogamos, repensamos, reformulamos, cooperamos e, assim, tornamos-nos criadores híbridos de várias aprendizagens.

A aprendizagem requer uma "ação ativa".
A utilização de ferramentas Web 2.0 não nos transporta para um caminho sem retoma de seres alienados capacitados apenas de inteligência artificial. Cabe-nos ser ONLIFER´S. Estar presentes mesmo que fisicamente ausentes ( se assim for o caso). 
“Learning is like opening a door, not filling a container” (2009, p.3).", como referiu a minha C. 
O professor continua a ter um papel preponderante no ensino. Contudo, não pode limitar-se a um despejo aleatório de conteúdos. Quer o aluno quer o professor são fatores abióticos aprendizes nesta aprendizagem ao longo da vida. 

William Cronon diz-nos "More than anything else, being an educated person means being able to see connections so as to be able to make sense of the world and act within it in creative ways. All of the other qualities that I´ve just described - listenning, reading, writing, talking, puzzle - solving, seeing the world through other´s eyes, empowering others, leading - every last one of these things is finally about connecting."
O professor, mais que um narrador de histórias, deve ser um ator presente na história da aprendizagem de cada um. 

Em cada uma das ferramentas Web 2.0 isso pode acontecer. 
A tecnologia pode reduzir o distanciamento entre professores e alunos. As atividades interativas, os tuturiais, quizz, sopas de letras, videos, músicas etc, fazem com que o aluno saia das quatro paredes da sala de aula. O uso dos sentidos na aprendizagem possibilita um engajamento de informação contínua. Uma aprendizagem com base no sensemaking que resulta no êxito quer do aluno quer do professor. 

Na sala virtual da atividade 2 da Unidade Curricular Ambientes Virtuais de Aprendizagem, o professor António Moreira, desafiou-nos a iniciar o debate com esta afirmação:

A linguagem audiovisual, do mundo contemporâneo, é uma linguagem sintética e integral. Sintética, porque funde o áudio e o visual para resultar numa nova comunicação. E integral, porque permite ao cérebro integrar simultaneamente as informações que percebe e aquelas que as memória visual e acústica conservarão, as quais lhe atribuem todo o sentido.

O aluno deve assumir o papel de participante ativo no processo da educação de forma a que a aprendizagem seja interativa, colaborativa e investigativa. Nesse sentido, professores e alunos, devem  procurar uma simbiose de linguagens verbais e audiovisuais de forma a obter uma só.

William Glasser, um psiquiatra Americano diz: Aprendemos 10% do que lemos, 20% do que ouvimos, 30% do que vemos, 50% do que vemos e ouvimos, 70% do que discutimos com outros, 80% do que experimentamos pessoalmente e 95% do que ensinamos a outra pessoa.

É precisamente esta conexão de textos, audios, discussão em grupo, reflexão individual, jogos, videos que toram os nossos fatores abióticos hibridos. 

Ah, com um sorriso nos lábios! Empatia e confiança afastam o medo de cada interveniente do processo. E nada melhor que a empatia e confiança para um tornar IN não permitindo que o outro fique OFF.




Referências:

Moreira, J. A., & Monteiro, A. (2015). Formação e ferramentas colaborativas para a docência na web social. Revista Diálogo Educacional15(45), 379. https://doi.org/10.7213/dialogo.educ.15.045.ds01
Siemens, G., & Tittenberger, P. (2009). Handbook of emerging technologies for learning. University Of Manitoba.
https://en.wikipedia.org/wiki/William_Glasser

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