Para alguns especialistas,
o PLE é apenas uma abordagem (Downes, 2006) baseado em
ferramentas Web 2.0 (Downes, 2007). PLE´s são ambientes onde as pessoas,
comunidades e recursos interagem de forma muito flexível (Wilson, 2008).
Outros consideram que o PLE pode ser representado com tecnologia,
incluindo aplicações e serviços (Attwell & Costa, 2008).
O objetivo destes ambientes
é que seja o aprendiz a deter o controlo da sua aprendizagem de uma forma
aberta, pluralista e compartilhada, tornando autossuficiente nessa mesma
demanda.
Para a atividade 2 da
Unidade Curricular Projetos Pedagógicos em eLearning foi-nos pedido uma
bibliografia anotada com dois itens acerca dos PLE.
Artigo 1
Shaikh, Zaffar Ahmed, and Shakeel Ahmed Khoja. (2014)“Personal Learning Environments and
University Teacher Roles Explored Using Delphi.” Australasian Journal of Educational Technology.
Os autores
debruçam-se sobre uma pesquisa acerca dos envolvimentos dos professores
Universitários em ambientes eLearning.
De acordo com Shaikh e Khoja (2012), PLE deve ter um
conceito muito centrado/virado para o
aluno. Este, deve encarar os PLE´s como um suporte á autoaprendizagem
visto que neles
podemos hibridizar o melhor dos dois mundos (presencial
e online) num só lugar.
Numa perspetiva conectivista (Anderson 2009)
refere que os alunos são o eixo da aprendizagem.
Desse modo, nada mais coerente que esse eixo
selecione os caminhos por onde passa. Claro que
Este caminho necessita de guias (como se de uma estrada
no sentido lato da palavra se tratasse).
Os professores são esses guias, esse apoio no desenvolvimento
e procura de ambientes
Significativos para a aprendizagem (Häkkinen e Hämäläinen, 2011).
No entanto, há autores, como Dabbagh e Kitsantas (2011) e
Miliband (2006) que relatam, as
competências reais de um professor universitário para a
pedagogia orientada por PLE. Estas não
atingiram um nível suficiente para realizar essa tarefa.
Uma das principais causas dessa
deficiência é a falta de consciência dos papéis que o professor
universitário deve desempenhar
em tais ambientes (Shaikh & Khoja, 2012; Downes,
2011). Assim, o artigo em análise é o
resultado que os nossos pesquisadores obtiveram após
examinar os papéis dos professores
universitários e a prontidão para garantir que os alunos
recebessem a formação adequada para
PLE.
Artigo 2
Fiedler, Sebastian H.D., and Terje Väljataga. (2011). “Personal Learning Environments: Concept or
Technology?” International Journal of Virtual and Personal Learning Environments,
É importante criar e formar consciências de uso de PLEs
como podemos observar no artigo anterior. Mas mais importante ainda é
consciencializar o que é isto de PLEs.
Conceito ou Tecnologia?
Apesar do não consenso relativamente ao termo PLE há uma
certeza entre os demais autores que se debatem sobre esta questão. PLE não é
um software. É um conjunto de ferramentas tecnológicas que permitem
a independência e autorregulação na aprendizagem por parte do
aprendiz.
Attwell (2007),
por exemplo, afirma que “é fundamental que os PLEs sejam vistos não apenas como
uma nova aplicação da tecnologia educacional, mas como um conceito. O
desenvolvimento de ambientes pessoais de aprendizagem representa uma mudança
significativa nas abordagens pedagógicas de como apoiamos os processos do aluno”.
Downes (2007) partilha de uma visão semelhante e acrescenta ainda que
não podemos olhar para os PLE como uma abordagem de tamanho único no LMS
(Learning Management System) pois, não será suficiente para atender às diversas
necessidades dos alunos. Os PLE são conceitos e são abordagens. Independentes e
não articulados deixam de servir o seu propósito na abordagem da aprendizagem
online.
"What is currently presented as “personal
learning environments” as such, or as their
instantiations, obscures the fact that these collections of digital artefacts are mostly a snapshot of
the current state of development of the emerging
leading medium. From an (adult) educational
perspective, however, we need to support individuals (and groups) to gain awareness and
control over a range of learning activities and
their environments, and eventually their overall
development as personal (adult) learners living
in (and not only with) the digital realm."
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